terça-feira, maio 29, 2007

Piratas das Caraíbas 3

Pois é, ontem foi noite da 7ª arte e a Irmandade da Esteva mais o Chefe foram ao cinema. Porque, para variar um pouco nos atrasámos, a escolha do filme foi feita em cima da hora em 3,4 segundos e acabámos por ir ver o terceiro episódio desta série.
Má ideia para alguns, como eu, que não tinha visto o segundo episódio, porque não percebi grande coisa do enredo e toda aquela sequência de homens-alforreca e homens-pepino-do-mar, piratas que regressam do mundo-dos-mortos-mas-que-afinal-é-um-cofre, mulheres gigantes com um grave problema de cáries, corações saltitantes à solta no convés e super-caranguejos vitaminados só me baralhou ainda mais. Acho que mesmo se tivesse visto o episódio anterior tinha achado meio banhada... A um dado momento aquela salganhada toda podia-se traduzir da seguinte maneira:


E... Medo! Parece que vai haver um quarto filme da série.

Acabou por ser mais divrtido os 5 minutos depois do filme em que andámos a fazer asneiras na sala e nos elevadores do cinema. E dizem-se doutores...

sábado, maio 26, 2007

O deserto da margem Sul

Hoje à tarde tive de passar pelo Fórum Almada e pensei: Se a margem Sul é realmente um deserto, como afirmou um certo ministro esta semana, então devo estar a sofrer uma miragem daquelas!!! Embora tenha visto alguns camelos, aquele aglomerado de beduínos pareceu-me tudo menos um oásis!

Primeiro passatempo Guia de Campo

Pois é, graças aos vários leitores-fantasmas que, juram a pés juntos, passam aqui de vez em quando mas que, mercê de alguma timidez, não deixam marca da sua passagem (leia-se comentários), vejo-me obrigado a novas estratégias de marketing, como dar início a alguns passatempos. É bom que comecem a comentar daqui para a frente, caso contrário terei de pensar em abordagens mais agressivas...
Como deve ser do conhecimento público, de vez em quando gosto de fazer uns rabiscos em papel. Infelizmente, não com a frequência que gostaria, mas são as contigências da vida ocupada que levo. Observem então o seguinte esboço:

O objectivo é responder às seguintes questões:
  1. Em que local do mundo se passa esta cena da vida selvagem?
  2. Identificar, pelo menos, 3 espécies (eu sei que a ausência de cor não ajuda muito, mas pela questão seguinte irão compreender porque é que colorir alguns dos bichos iria ser um pouco especulativo).
  3. Estão representadas 29 espécies de vertebrados. Quantas é que sobreviveram até aos dias de hoje? Se acertarem quais, ganham pontos extra.

Parece que o passatempo tem algum pendor moralista (tipo: vamos salvar os passarinhos e as lagartixas!!). Até pode ter. Ficaria satisfeito que tivesse, que se tivesse alguma noção do que se perdeu e que mesmo o que se passa em locais distantes tem algum impacto nas nossas vidas (aquela velha máxima Think globally, act locally). Mas a verdade é que, quando este rascunho foi concebido, estava só a fazer um exercício de imaginação. Lamento não ter sempre boas intenções!

O prémio para o vencedor é obviamente surpresa! Agora vamos lá por à prova esses conhecimentos de zoogeografia. Não vale é dizer que não se percebe os desenhos!

Psst!

Se ouvirem por aí que vou para a Zâmbia fazer um estágio para estudar uns répteis quaisquer, não acreditem. É só mais um delírio by boss's wife.

sábado, maio 19, 2007

Sábado surreal

Mais um dia, mais uma pequena dose de surrealismo para contribuir, esperemos que só bem mais tarde, para o meu ingresso numa instituição para os mentalmente perturbados, vulgo manicómio. Alguns de vós devem-se lembrar de uma série de telefonemas frenéticos ao início da tarde de sábado. Eis a explicação:
O dia prometia correr de maneira estranha quando alguém trouxe a cobra-do-milho (Elaphe guttata) errada para uma certa intervenção cirúrgica. Após corrigir a troca, é óbvio que a anestesia correu da pior maneira possível, assemelhando-se a um daqueles touros mecânicos aos saltos. Por essa altura comecei a perder um bocadinho a paciência, que explodiu quando alguém andava aos saltinhos para tentar realizar uma flebotomia num canídeo e não tendo ajuda para o efeito, disparou: "Não sei porque é que não marcou isso para segunda". Ao que eu rosnei "Porque é uma cirurgia de urgência, c***lho!!! " Acho que essa última parte da frase não disse realmente, mas naquele momento não posso garantir nada. Finalmente terminou-se a brilhante intervenção e tudo correu pelo melhor (acho).
Obviamente, saí tardíssimo para almoçar a correr uma bodega dum mac-bosta numa estação de serviço cheio de criancinhas aos guinchos, para deleite dos paizinhos babados. É claro que consegui sujar a camisa com um molho radiocativo qualquer. Quando finalmente saí daquele local infernal, enganei-me e saí na auto-estrada no sentido contrário. Se alguém passou por um gajo aos gritos e a vociferar impropérios hoje à tarde, era eu.
Cheguei em cima da hora (porque ainda me consegui enganar mais uma vez) ao local de um curso e tive uma conversa de loucos com o porteiro da instituição, que devido à sua extensão e parvoíce extrema, nem interessa aqui reproduzir.
Foi nesse momento, em que ia ligar aos formadores do curso, dei-me conta de que não tinha os contactos comigo. E foi aí, meus amigos, que vos liguei. E tenho a agradecer ao meu amigo JP (desta vez livraste-te que te chamasse Amélinha), por ter acedido ao meu mail e me dizer os números dos gajos... no preciso momento em que eles chegaram! Obrigado na mesma! Agora nada de usar o mail para fins maléficos!!
Finalmente a tarde começou a compor-se; montei asas e patas de Bufo-real (Bubo bubo) e Papagaio-do-mar (Fratercula artica), vi fémures de Auroque (Bos primigenius) e placas com espinhas de peixe. E amanhã há mais ossos! Depois desta, podem chamar-me de Dr. Bones.

quarta-feira, maio 16, 2007

Lisboa by car

Realmente Lisboa é única em vários aspectos. Um deles é a arte de conduzir um automóvel sem ter acidentes com as coisas mirambolantes que se vêm. Lembro-me de umas amigas referirem "viagens no comboio fantasma" há uns anos, com direito a ver senhoras de mamas ao léu, cenas de pancada entre gajas e discussões profissionais entre prostitutas e seus chulos.
É claro que não tive o deleite de ver tais curta-metragens sociológicas mas ainda estamos a meio da semana e até agora já ia atropelando um pavão, fintei uma barreira na estrada feita por bombeiros a impingir rifas e assisti a uma cena de discussão louca entre um Sr. guarda Serôdio e uma tia benzoca. Lindo!

terça-feira, maio 15, 2007

Humm... não, até agora ainda não funcionou

Cyanide and Happiness, a daily webcomic
Cyanide & Happiness @ Explosm.net

Eu e a minha grande boca...

Hoje de manhã no instituto, cheguei à grande descoberta científica de que às vezes falo demais e depois lixo-me. Por exemplo, hoje ao constatar que só havia uma lâmina com poly-l-lisina, prontifiquei-me generosamente a preparar mais umas quantas.

Só quando percebi a grande seca que ia passar ao ver a pilha de 400 lâminas para preparar é que me comecei a arrepender. Claro que tratei de não sofrer sozinho e consegui arrastar mais 3 colegas para a linha de montagem de lâminas-poly-l-lisinadas.

É que não é muito agradável mexer em álcool clorídrico e ficar com as luvas colodas aos dedos ou cortar-me em lâminas banhadas no mesmo produto...

Leve-leve

Não, este post não é sobre memórias de São Tomé, mas sobre o filme que fui ver ontem, "Because I said so!" (traduzido para "Porque sim" ou qualquer coisa do género), que é uma comédia leve, levezinha com a Diane Keaton.

Enquanto a princesa Amélia foi ver o "300" e saiu da sala com vontade de decepar membros e cabeças a quem quer se metesse à sua frente, eu fui com duas gajas boas ver a comédiazinha morninha. É quem nem sequer deu para me arrancar uma daquelas minhas gargalhadas guturais (vou ter de esperar pelo Shreck III...). Também é verdade que tinha um sério concorrente na sala mas numa versão mais gargalhada-tosse-catarro-tuberculosa.

O filme até nem foi muito mau, apesar de previsível, com um final feliz e com aquelas tiradas e diálogos tão perfeitos que estão ao mesmo nível de ficção científica de Starwars. na verdade, ontem nem me apetecia pensar muito. Se bem que quando saí não pude deixar de pensar nos paralelismos de encalhanço com a minha pessoa. Mas com uma mãe daquelas já tinha sido preso por matricídio. Dassse!

sábado, maio 12, 2007

Heroes

Uh-oh... Ainda só vi os trailers e excertos desta série e parece que já estou viciado. Parece que a TVI já começou a transmiti-la mas a questão é: onde é que arranjo o DVD???

sexta-feira, maio 11, 2007

Preciso de fazer um exame à cabeça

... TAC, ressonância magnética, o que for. Porque acho que finalmente perdi o restinho de juízo que tinha. Senão, quem é que, considerando-se minimamente normal, após trabalhar até às 22h, vai para o estuário do Tejo apanhar amostras para o mestrado em curso? Só mesmo eu! Vendo bem, estavam lá mais 3 doidos, mas que já são habituais nestas incursões e portanto, aquém de qualquer cura.

O ponto alto da noite, em que já só dizia mal da p*ta da minha vida, é difícil de escolher... terá sido quando fiquei enterrado na vala com lodo até metade das galochas? ou quando me ajudaram a sair e ficou lá uma bota presa e andei a saltar ao pé-coxinho? ou quando me iam caindo os óculos à salina? Enfim, lá nos acabamos por divertir com estas coisas...

O pior foi ter-me deitado às 3h30, graças aos infindáveis bandos de Calidris alpina que caíram nas redes. Hoje a manhã foi muito... estranha.


quinta-feira, maio 10, 2007

Tcharam!

Hoje chegou a nossa nova colega de trabalho, tem um ar pálido e frígido e dá por nome de Ariston (deve ser nórdica ou assim).

segunda-feira, maio 07, 2007

Mad scientist

Hoje quase que ia justificando aquele estereótipo do cientista louco que faz experiências alucinadas e que geralmente culminam na explosão do laboratório ou na transformação num monstro verde fluorescente. Felizmente, nenhuma das situações se verificou; não vos escrevo da unidade de queimados do hospital e ainda conservo o meu tom de pele bronzeada à trolha. Mas é verdade que estive à beira do desastre!
Começou com uma batalha hercúlea contra milhares de esferas de zircónio, passou por quase ir colocando os tubos errados na máquina infernal, os tubos certos ficarem colados na centrífuga e por aí fora, numa sucessão de pequenos acidentes que puseram à prova a minha capacidade de improviso e desenrascanço. E mais importante, da capacidade de disfarçar em como estava tudo bem e que o trabalho estava a correr às mil maravilhas e que não estava à beira de atirar tudo pela janela fora.
Felizmente, tudo se compôs. Ainda não foi desta que apareço no noticiário da noite.

Lagoa de Albufeira... mais uma vez

E batendo novos records de acordar a horas perfeitamente inconcebíveis lá rumámos nós à lagoa, e desta vez com a princesa Maria Amélia a fazer-nos companhia, que durante a primeira hora só abriu a boca para bocejar ou queixar-se "tenho sono! está frio! vou riscar o carro! " and so on and so on.
Manhã sossegada, sem cromos novos (excepto o Miravete, que se livrou de levar com umas canas pelo cú acima) e que, se não fosse por uma visita às 11h55, quase se tornava na festa da mangueira. Por isso, meninas, eu sei que isto do campo e assim é mais para homens de barba rija, mas vejam se nos agraciam com a vossa presença, sim?
Almoço em Fernão Ferro, sem grande vontade de repetir micro-chocos fritos com 3 bagos de arroz de tomate.
É verdade, foi criada uma nova expressão ou um segundo sentido maléfico para Xilocaína, de moso a fazer companhia ao "Grande Monstro Peludo".

sexta-feira, maio 04, 2007

Medo!...

Nada como começar a tarde com o chefe a iniciar uma frase com um "Veja lá o que acha desta ideia?...". É que uma coisa tão... surreal, que nem soube o que responder. Fiz uso de toda a minha diplomacia para me evadir a responder com sinceridade (o que implicava responder algo como "Mas é doido? De que planeta veio?"). Só posso dizer que envolve uma arca frigorífica.

Fotografia

Porque nem só de fotografias de passarinhos e escaravelhos vive o Guia de Campo, queria mostrar umas fotos um pouco diferentes (não se assustem, não é o que estão a pensar). Já encontrei trabalhos deste senhor num ou noutro site e cada vez que as vejo não posso deixar de pensar que são coisas incríveis. Algumas quase parecem mostrar a alma das pessoas e das coisas. Lembrou-me aquela cena do filme "Beleza Americana" com o saco de plástico a voar pelas ruas da cidade e alguém comentar qualquer coisa do género "Às vezes há tanta beleza no mundo que até doi". E foi como fiquei depois de ver algumas destas fotos. Esmagado por tamanha beleza.

quarta-feira, maio 02, 2007

Mini-férias em Monfrague

Após 4 dias passados no coração da Extremadura, a Irmandade da Esteva, mais duas contratações, regressa cansada, mas com um sorriso de satisfação na cara bronzeada pelo sol. O local onde pernoitámos foi uma agradável surpresa, as paisagens de cortar a respiração, os passeios, de carro e a pé, fantásticos e os dias longos e cheios de cromos, uns novos, outros que são sempre bons repetir.

Sem querer fazer muita inveja àqueles que lamentavelmente não poderam ir, ficam registados alguns momentos de ouro da viagem, como a lontra a brincar na água num riacho poucos metros à nossa frente, as cegonhas-negras no ninho com 3 crias a espreitar, as 2 águias-imperiais a sobrevoar-nos e o ninho de bufo-pequeno mesmo à beira da estrada. Claro que houve muito mais para contar e descrever e a cada curva no caminho deparávamo-nos com novas surpresas naturais.

Evidentemente, nem tudo foi bom e houve alguns pormenores a estragar um pouco o passeio:
  1. O facto de o gasóleo em Espanha é cerca de 10 cêntimos/litro mais barato que neste país de segunda categoria; Obviamente que a última coisa que fiz ante de passar a fronteira foi atestar o depósito do carro;
  2. Espanha está cheia de espanhóis, cromos, que falam alto e saem fora dos trilhos. É claro que o tuga faz mais ou menos ou menos mas sem tanto estardalhaço;
  3. Os parques naturais têm todos postos de informação, placas e trilhos marcados; não há auto-estradas a atravessar áreas protegidas nem aberrações arquitectónicas a aparecer por todo o lado na paisagem. Como é que nuestros hermanos conseguem fazer isto?

Outro pormenor menos bom mas que até deu para rir foi fazer a viagem num carro com o travão de mão semi-avariado e com as luzes de stop com vontade própria. Houve pelo menos uma pessoa que ia tendo vários ataques de pânico com as super-valetas e os limpa-parabrisas psicóticos.