Vamos lá a ver se as conseguem identificar todas...
Algumas espécies, como Montifringilla nivalis, Pyrrhocorax graculus, Trichodroma muraria, lagopus mutus, Dryocopus martius e Aegolius funereus, devem ter visto as suas áreas de distribuição a regredir com o fim das últimas glaciações. Hojem em dia, só os encontramos praticamente em algumas montanhas de Espanha, mas com jeitinho, dava para os voltar a trazer para o nosso lado da fronteira. Inclusivé, há alguns registos fósseis da presença dessas espécies em nosso território e relatos interessante de vocalizações de D. martius no Gerês.
Temos depois algumas espécies que desaparecerem há relativamente pouco tempo. Algumas delas, como Aquila adalberti, parecerem ter regressado recentemente à região do Tejo internacional e outras, como Perdix perdix, são ocasionalmente observadas para os lados de Trás-os-Montes. Outras, são observadas apenas ocaionalmente, são invernantes ou migradores de passagem e é pouco provável que haja populações reprodutoras viáveis, como Botaurus stellaris, Pandion haliaetus, Pterocles alchata, Marmaronetta angustirostris e Fulica cristata.
Algumas espécies com estatuto de conservação global preocupante, como Oxyura leucocephala, turnix sylvatica e Geronticus eremita, podiam ter um polo adicional de manutenção de populações.
E finalmente, algumas espécies têm um grau de fixeza tão elevado, que ficariam bem em qualquer paisagem portuguesa (obviamente, também já ocorreram no nosso país), como por exemplo, Haliaetus albicilla, Crex crex e Tetrao urogallus. E os anilhadores recebiam um Serinus citrinella para por anilhas.
Só fica mesmo a faltar o pinguim, Alca impennis, que esse está extinto e perdido para sempre. A não ser que alguém injectasse o DNA de exemplares de museu em ovos de Alca torda a ver no que dava.
Mais ideias para projectos?
3 comentários:
Isto é só uma ideia e não tanto um projecto, contudo fazeres uma visitinha ao hospital psiquiátrico mais próximo, não te parece bem?!?!?!? :P
meu amigo, talvez te devas informar melhor sobre o funcionamento de alguns programas de reprodução em cativeiro e reintrodução que contemplaram a maioria das espécies referidas em Espanha. Sem falar no resto da Europa, que no que toca a políticas de ambiente e conservação, estão a anos-luz de Portugal.
Nós já tivemos um programa, que teve bastante sucesso, com o caimão e tentativas de o fazer com a águia-pesqueira.
Eu sei que os posts são escritos num tom meio leviano mas têm sempre uma boa base científica. Portanto, nada de confundir laivos de loucura com projectos realistas que têm todo o sentido.
Sempre disponível para responder a qualquer questão!
Têm sido bons posts. Agora já só falta um dedicado à herpetofauna (sim, eu continuo a puxar a brasa à minha sardinha).
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