Parece que estamos a voltar a uma escrita algo mais regular. Será pelo multiplicar de eventos, será pelo estímulo que a troca de galhardetes que um post recente causou, não sei. Mas é tempo de fazer uma crítica gastronómica.
O jantar de ontem, numa onda "traz um amigo também", reuniu uma dúzia de convivas ali para os lados do Mercado da Ribeira e, se não fosse a boa disposição e galhofas presentes, o sítio tinha ido parar directamente à minha lista negra de restaurantes e afins. Salvou-se a sangria, que não era má, as azeitonas e o pão e um salpicão fatiado. Pois, só isso. Houve uma série de sinais premonitórios que nos devia ter feito levantar e ir comer caldo verde e bifanas noutra barraca da praça (ainda se vivia o espírito dos Santos populares por estes lados):
O frio polar fora de época para aqueles lados e a mesa reservada era na rua;
O empregado começar a conversa com um "isto está muito demorado" - quem é que começa a promover um produto ou serviço desta maneira? O que é verdade é que estava mesmo e ainda a optarmos por pedir petiscos e coisas rápidas a sair, só começou a chegar comida consistente lá para as 23h;
O pão e as azeitonas virem acompanhados de umas tigelinhas com diferentes azeites gourmet a que foi feita uma apresentação tipo prova-de-vinhos. Foi aí que o meu radar-anti-palermices-pretenciosas-intelectualóides começou a disparar;
Pedirmos coisas -pataniscas de polvo - que uma hora depois "ah afinal já não temos";
É verdade que os petiscos pedidos, todos eles gordurosos e fritos, chouriços e alheiras, farinheira com ovos, pataniscas de bacalhau e por aí fora, não ajudaram muito a fazer a digestão e, apesar de ter havido algumas coisas boas, esta tasca mesmo muito tosca, apesar de se querer mostrar muito fashion não convenceu mesmo.
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