domingo, novembro 02, 2008

De regresso ao Douro

Após uma ausência de alguns dias, eis-me regressado das arribas do Douro e do Planalto Mirandês, desta vez sem andar atrás dos pássaros, sem burros nem gaitas de foles, mas a acompanhar o grupo dos ilustradores-seniores. Muito se poderia contar sobre 4 curtíssimos dias mas ficam algumas considerações:
É sempre bom passar por novas experiências, nomeadamente ter um furo na auto-estrada a 140 km/h, de noite, no meio de nenhures, com um frio de rachar, camiões a passar a razar, o c***ão do macaco defeituoso, a mudança criativa de pneu (nem vou entrar em pormenores) e fazer os restantes 400 km a 80 à hora. Só tenho a agradecer o trabalho de equipa da Morcega e dos nossos dois compinchas, que quase me viram transformar em Dr. Veneno, a deitar chispas dos olhos e tudo!
Apesar dos autóctones dizerem o contrário, já faz muito frio na região. Não tanto como naquela passagem de ano em que só faltou beber anti-congelante. Mas frio. Nem quero pensar quando lá voltar em Dezembro - já me estou a afiambrar à casa nova dos nossos anfitriões! Foi realmente pena o tempo não ajudar mas proporcionou alguns momentos marcantes como desenhar à chuva e entrar em modo R e pintar 4586 espécies diferentes de cogumelos numa tarde.
A desculpa dos desenhos para voltar à região e ver algumas paisagens - incluindo sítios novos, como o Penedo Durão e a ribeira de Mosteiro - de forma mais contemplativa e poder rever amigos. Ainda deu para ver uns passarões, rever os burros e comprar rifas para ganhar... uma gaita-de-fole! Afinal a trilogia pássaros-burros-gaitas afinal sempre esteve presente.
Inevitavelmente, a gastronomia: postas de vitela e bacalhau, alheiras e perninhas... de rã!! No jantar que ficou conhecido como "O meu primeiro Anfíbio". Agora só faltar passar perto de Mértola para provar as gambas típicas e marcar uma cruzinha nos Répteis. Paradoxalmente, descobri que consigo manter-me vivo um dia inteiro só com uma sandes de panado.
As pérolas que se viram e ouviram durante estes dias. Desde os pinguins do Laos que vivem na margem do rio Douro, os pedidos encarecidos do chefe para não me rir - ou, pelo menos, rir baixo, o passeio de barco-foguete, os bandos de origamis das arribas e a gincana para aceder à net Sábado à noite.
Como sempre, muito fica por relatar mas fica o desejo de regressar em breve. Seguem-se alguns dos desenhos produzidos.

1 comentário:

Samuel da Costa disse...

Pernas de rã?!?! Traidor! ;)
Fico à espera desses desenhos.