sexta-feira, julho 25, 2008

Mais um dia de treinos...

...para ganhar super-poderes! Deixa ver, resistência ao sono, super-velocidade, ultra-controlo do tempo e, obviamente, super-inteligência (mas este vocês já conheciam). Caso contrário, não tinha sido possível resistir a:
  • estar no Samouco às 6h00, resistir aos ataques dos mosquitos - mesmo de manga comprida e com repelente estou neste momento a coçar algumas picadas - salvar um bando de Estrilda astrild e sobreviver à chuvada a meio da manhã;
  • voar para Benavente (pois, o meu carro também é super), desvendar grandes mistérios médicos, sobreviver aos ralhetes dos duendes da floresta, subjugar uma posta de bacalhau gigante e um doce da casa;
  • voar de volta para a Quinta, não levar com cuspo dos lamas e fintar lobas a defender ninhadas e resgatar uma família de Tenebrios;
  • Teletransportar-me para Lisboa para mais uns intricados casos hospitalares e quando pensava em chegar a casa e cair para o lado, chega uma urgência, obviamente pouco urgente... que fica para amanhã.
O que querem? Kriptonite!

Um concerto normal... ou nem por isso

Ontem fomos a um concerto na cidadela de Cascais integrado no Cool JazzFest para ver estes senhores a tocar e a cantar:

Música calminha com inspirações de Bossa Nova e alma norueguesa... Finalmente o tal concerto romântico? Ao princípio, até parecia que sim, não fosse o sósia do amigo do Scooby-Doo rapidamente entrar em processo criativo (o que será que ele terá comido/bebido/fumado antes de entrar em palco?), avariar guitarras a meio da actuação, ter brancas e improvisar letras, deitando por terra aspirações de romantismo. Porque rimos, lembrámo-nos dos Duendes do Umbigo e no fim, acho que foi dos concertos mais descontraídos e boa onda que já vi. E a música? Muito boa, especialmente com o violino alemão e o contra-baixo italiano.

domingo, julho 20, 2008

Fim de semana de trabalho

Chegar a Elvas sexta às 23h30 e o termómetro do carro marcar uns 32,5º C pode ser considerado um mau presságio. E todos os temores se confirmaram no dia seguinte, não quando me levantei às 5h30 para estar no campo às 6h00, mas quando o sol nasceu e durante o dia se fizeram sentir uns amenos 37º C. Felizmente, a ligeira brisa que se ia fazendo sentir e os sistemas de regadio a debitar água por todo o lado, até faziam parecer que estavam uns 36º C.
A um ritmo de trabalho estonteante contaram-se pássaros, saltaram-se cercas, evitaram-se vacas bravas e até pequenos projectos de engenharia de construção de pontes se fizeram. Só que desta vez, foi o Sócio que meteu as patas no charco. O que foi uma pena porque eu não estava lá para ver nem tirar retratos para aqui pôr.
Terminados os trabalhos, rumou-se ao reino dos Algarves para um intensíssimo e extenuante estudo comparativo entre a qualidade da água marinha e a qualidade dum sistema dulçaquícola clorinado fechado.
Ah! E aprendi uma nova expressão que vai passar a fazer parte do meu (e vosso) vocabulário que é "a gruta do lobisomem".

quinta-feira, julho 17, 2008

Tcharam!

Finalmente chegaram!

Samouco take #45968

Hoje, o filme até podia ser um remake de "A Costa do Mosquito" e após ter perdido quase 1 litro de sangue mercê das picadas de hordas destes insectos demoníacos o filme seguinte até podia ser "O Homem elefante" tal foi a quantidade de papas, pápulas e outras erupções cutâneas espalhadas por cada centímetro quadrado de pele exposta aos elementos. É claro que a mortandade na população de mosquitos foi elevada, quer pelo impacto imediato da mão quer - espero - por intoxicação após ingestão do meu sangue. Porque dizem que tenho mau feitio quando acordo às 5 da matina. Quem não teria, pergunto eu?
Para além de Sylvias atricapilla de toda a forma e feitios e pardais até enjoar, a manhã foi marcada por um ou outro cromo e apesar de não ser novidade para ninguém, o ponto alto foi mesmo uma Upupa epops fêmea.
Parece que em breve há mais, mas ou vou pensar em plastificar-me ou gastar o orçamento em repelente de insectos. E estive quase à beira de reconsiderar a minha posição sobre o DDT...

Para além da poupa, reparem na minha mão mutilada e em chagas após os ataques dos mosquitos.

Olha quem são eles!

Vejam se identificam alguns destes cromos

domingo, julho 13, 2008

De volta aos treinos

Depois das provas de vinhos nos Goliardos, dos trabalhos habituais às horas habituais na Lagoa de Albufeira, da visita da Pintinhas vinda de Barcelona, do almoço no Mequinhos, da tarde na esplanada no Meco, do concerto fabuloso no CCB para ouvir Mário Laginha + Bernardo Sasseti + Camané + Carlos Bica, do café na esplanada da Gulbenkian e de uma exposição... hmm... no mínimo, sem nexo nenhum chego à conclusão que estou de volta ao caminho da iluminação para chegar à ubiquidade de Santo António ou, segundo alguns, para ganhar super-poderes.
Mas a verdade é que esta noite até dormi um número de horas normais e nem fui ao surf hoje de manhã...

sexta-feira, julho 11, 2008

Back from the dead

Qual fênix renascida das cinzas (ou do terceiro carril do metro) eis que a bd regressa do além!!

quarta-feira, julho 09, 2008

Remembering California #2

Casablanca

Está lá tudo!

Remembering California #1

"The Greatest"
Cat Power

Só agora é que começo a digerir o mês passado. E curiosamente, são as extremidades da viagem que estão mais vivas na memória.

terça-feira, julho 08, 2008

A realidade é mais estranha que a ficção

Sem dúvida. E garanto-vos que depois de ver o os duendes a tocar "Vicky, o pequeno Vicking" o meu conceito de realidade teve de ser revisto.
Estava eu bem cedo esta manhã na Decathlon e apesar de só precisar de uma coisa, é certo e sabido que trouxe mais duas. Enquanto esperava pela minha vez na caixa, pus-me a observar o conteúdo do carrinho:
  1. caixa plástica de arrumação com montes de compartimentos para coisas de pesca (só 6,90 euricos);
  2. caixa com minhocas (ou mais correctamente, poliquetas. Mas como são todos anelídeos não faz mal);
  3. chapéu (após as últimas saídas de campo ou o chapéu encolheu ou a cabça inchou - esta será a hipótese mais provável já que o meu activo e prspicaz cérebro precisa de espaço para se expandir);
Qualquer outra pessoa que terá passado por mim, chegaria à seguinte conclusão: "pescador!" e se bem que, graças à pesca de Julietas na Comporta e de pirilampos na Adraga, não seja inteiramente mentira, o que é certo é que a realidade é muuuito mais estranha que a ficção. Porque neste preciso momento:
  1. a caixa de arrumação está cheia de material de desenho, permitindo-me fazer inveja aos demais morcegos pelo meu atelier portátil;
  2. as minhocas já estão nas barrigas dos sapos, do axolotl e do Paramesotriton;
  3. o chapéu já está a postos para uma incursão a Elvas e quiçá, para pesar corujas-das-torres;
Se as outras pessoas soubessem...

segunda-feira, julho 07, 2008

Mensagem à Doutora Pulha

Já troquei o "C" pelo "S".
Agora já me dá a honra de uns comentários escritos?
Um grande bem-haja.

Primeiro concerto romântico

Ontem o Fuzhong e a Morcega estiveram no seu primeiro concerto juntos. Mas acham que fomos ver Kings of Convenience, Jack Johnson ou José Gonzalez? Acham que estivemos no Coliseu, na Aula Magna ou no Santiago Alquimista?
Não, não, não.
Estivemos num armazém abandonado - mas acho que não era daqueles com uns cartazes ameaçadores avisando a queda eminente da fachada - algures no cais do Ginjal a ouvir os Duendes do Umbigo (Doentes no umbigo?) a desconstruir toda a nossa infância à medida que íamos ouvindo versões punk das músicas dos nossos desenhos animados.
Conclusão: em vez de dançarmos abraçadinhos rimos que nem uns perdidos e saímos de lá agarrados ao estômago. E que afinal os pais tinham razão: desenhos animados em excesso realmente fazem mal ao juízo. Mas querem saber? Adorámos.

sexta-feira, julho 04, 2008

Maratona ornitológica

Até hoje, achava que tinha perdido um bocado a pedalada para noitadas e directas de trabalho mas ao fim de estar acordado umas 31 horas seguidas, das quais mais de metade foram passadas no campo, chego à conclusão que não estou velho nem acabado. E que comparada com esta, a maratona olímpica é uma volta no parque para meninos.
A prova começou com um rally entre Lisboa e Alcochete, e volta a Lisboa e regresso a Alcochete, em virtude do esquecimento de um pequeno pormenor -diz que dá jeito na anilhagem ter assim umas cenas metálicas com uns números para pôr nas patas dos bichos. Apesar das fracas comparências, ainda deu para marcar um cromo novo - um Charadrius alexandrinus - e ter um flash nostálgico do tempo das colecções de cromos do He-man ou dos aviões das pastilhas gorila.
Sem ter caído uma única vez ou ficado atascado nas salinas, a jornada continuou no campo de tiro de Alcochete, aqui mudando o habitat das salinas para montado e o objecto de estudo das limícolas para corujas-das-torres.
Sempre de olho nos touros ou num qualquer foguete perdido lá se andou de ninho em ninho a marcar e a recolher amostras dos bichos. E obviamente, deixando um Tyto alba marcado na base de dados com as minhas singelas iniciais.
A repetir a prova, embora não necessariamente nesta sequência. Agora, cadê a medalha de ouro?

quinta-feira, julho 03, 2008

Excuse me?

O que pensar quando a namorada diz "Tu havias de gostar de conhecer Goa, lá é que se come alarvemente"? Eu tomei como elogio. De certeza que estava a enaltecer o meu lado gourmet.

Fuzhong, grande caçador de pernilongos

Mais um dia, mais um cromo para a caderneta. Na verdade, foram 4 que levaram umas pulseiras novas e na verdade, não foram caçados pois foram posteriormente libertados inteiros. É só mesmo para dar dramatismo à coisa.
O dia foi porreiro, não fosse 2 pormenores:
  1. O temor que pairou sobre mim todo o dia, como uma ave de mau agoiro, de que o telemóvel, desaparecido, podia ter caído num qualquer arrozal. Felizmente estava à minha espera em casa, obviamente a estoirar de mensagens e chamadas não atendidas. Tirei 2 conclusões: 1) os dias sem telecomunicações são muito mais tranquilos; 2) mesmo sem telemóvel, encontramos as pessoas com que precisamos falar.
  2. A outra ave de mau agoiro ou, simplesmente, a hiper-super-mega-chata-comá-ferrugem-que-não-tarda-está-a-levar-uma-bolachada que nos acompanhou. Desde outra frase repetida até à exaustão "põe a mãozinha por baixo", ao lobby-anti-jugular-preferimos-ter-o-bicho-a-espernear-dez-minutos-enquanto-lhe-furamos-a-asa, passando por "estou a ver que gostas dos passarinhos" e outras tantas que me fizeram revirar os olhos até quase saltarem das órbitas. Há maneiras de dizer as coisas, sem paternalismos, e não negue à partida uma jugular que desconhece. E estou a ser mau. Mas WTF! Não há pachorra para cromos destes! Na categoria do Dr. Pírula (ver post antigo)

terça-feira, julho 01, 2008

At the movies

Sabiam que a praça de touros do Campo Pequeno agora tem cinemas? até ontem eu não sabia e se calhar é um sinal de que ando demasiado (apesar de nunca ser demais) tempo no campo.
Ontem, para variar um pouco, foi dia de programa normal a dois, que não envolvesse perseguições a animais selvagens, quedas de falésias ou travessias de rios selvagens. Até se podia dizer que havia algum tipo de convergência de temas com a tela.
Apesar de por um par de vezes, o enredo ameaçar descambar, este é um grande filme de entretenimento. Também àquela hora já não conseguíamos digerir nada mais complexo e a aparente amálgama de coisas como a guerra fria, as pesquisas paranormais dos russos, a influência de seres extra-terrenos em culturas pré-colombianas, bombas atómicas a caça às bruxas do McCarthismo e outros pormenores até fizeram sentido e caracterizam de forma engraçada alguns aspectos da década de 50. E delirámos mesmo e rímos que nem uns perdidos (estão a ver o impacto na sala...) com as cenas na Amazónia e as projecções para a eventual expedição Morcego's in Amazónia 2010.
Recomenda-se, especialmente se forem fãs da série como eu e se aos 8 anos sabiam de cor as falas e as cenas dos primeiros filmes. Senão, ide e diverti-vos na mesma mas tenham com cuidado com as cadeiras daquela sala para não ficarem de pernas para o ar.