quinta-feira, janeiro 14, 2010

Amazon Chronicles #4 - as ausências mentais

Duas semanas sob efeito big brother, com o sol tropical a torrar a mona e a tomar mephaquin é meio caminho andado para muito disparate. Também é verdade que grande parte daquele grupo (pelo menos, os fixes, onde obviamente me incluo) tem um conceito de normalidade... bem, diferente. O que é certo é que toda esta conjugação permitiu uma colecção vasta de episódios mais ou menos mirambolantes, a chocar os espectadores mais impressionáveis, e que vistos em retrospectiva, podiam ter corrido muito mal. Sobretudo quando interagíamos com alguns dos modelos animais (havia uma ou outra flora mais desagradável mas simplesmente não se ligava).
A dificuldade é escolher a história... aquela das capturas de jacarés quando um levantou vôo pela floresta? ou quando outro jacaré ia entrando dentro da canoa? e aquela da tarântula que levámos para o barco e desapareceu a meio do percurso? e daquela vez em que tivemos de sair para a água e empurrar as canoas entre piranhas e ictiofauna menos simpática? Houve também aqueles ataques de peixes voadores. Ou quando subimos à árvore gigante de 30 metros. Também chegámos à conclusão que escaravelhos são muito mais fixes que a casa do Lula. Só não chegámos bem à conclusão se aquela cobra que desenhámos era realmente venenosa. Bem, mas quando fizemos snorkling, havia lá uma cobra coral, que proíbiram de apanhar. Assim como a jibóia, que não me deixaram sair do barco para a capturar. Depois houve aquele enxame de abelhas Trigona que tomou o pequeno-almoço conosco e lançou o pânico entre alguns. E a conversa mete-nojo de lavar crânios com Neoblanc gentil. E tantas histórias mais, sempre com uma dose saudável de insanidade, sem ligar muito aos conselhos médicos, porque tudo acaba sempre bem.
Nota: todas as uretras vieram intactas (pode-se fazer tudo, rebolar com jacarés, pegar em escorpiões, dar abraços a preguiças, levar dentadas de botos mas nunca fazer xixi dentro de água!)

4 comentários:

Bilma disse...

Independentemente de qualquer coisinha menos boa, por essas bandas, gosto da tua abordagem. Digna de alguém que, gosta de meter o pézinho no mato.
Bom trabalho.
Continuação.
Zito
Bilma

Erica disse...

Saída de campo sem ausência mental, não é uma saída de campo (e parece que agora está mais do que provado)!

ArtByJoão disse...

De repente fiquei na dúvida se referias «todas as uretras» ou «nem todas as uretras»... Esperemos que não tenha sido gralha da tua parte, lololol

Fuzhong! disse...

Das uretras dos outros, não sei; a minha veio intacta e funcional. Mas também ninguém se queixou dos candirús...