quarta-feira, novembro 17, 2010

A mini-travessia do deserto

O PCR que não funciona há meses, por mais variações e adapações da técnica feitas, extracções mecânicas, a frio, a quente, químicas ou enzimáticas, não havia maneira de aparecer uma hélice que fosse de DNA.
A multa que levei a semana passada, que me fez perguntar onde andavam os senhores guardas Cerôdios quando, aqui há uns anos, me assaltaram o carro à porta de uma esquadra. Passar uma puta duma multa tudo bem, nem dá trabalho e é mais dinheiro angariado para o baile da polícia, agora apanhar ladrões, meliantes e delinquentes é que está quieto.
Os trinta milhões de coisas que já foram feitos na nova morada e os outros tantos que faltam fazer, sempre com a banda sonora progenitora de fundo "esta casa é horrível", por vezes intercalada com "esta casa é horrorosa" e também com o hit "nesta casa é tudo uma porcaria".
O carro, que foi para a revisão e inspecção, e que me fez chegar ao telemóvel um orçamento prévio que me deixou caído no chão, com tímpanos derretidos, retinas implodidas e a ameaça de um buraco negro na conta bancária.
Mas eis que se vislumbra um oásis ao fundo do deserto...
A PCR, graças às preciosíssimas amostras positivas da doutora You know who, começou hoje a funcionar em pleno, a debitar lindas, gordas e reluzentes bandas de 800 pares de bases, evidenciadas por um gel de agarose cuidadosamente preparado.
Quando pensava em chamar uma ambulância no momento de pagar a conta do carro - na oficina informaram-me ter um desfibrilhador - fiquei a saber que o valor era menos de metade. Foi um reencontro cheio de emoção, dois dias sem estar com o meu carro custaram. Foi ver-nos sair disparados estrada fora, contornando rotundas e viaturas alegremente, enquanto afagava carinhosamente o volante. Mesmo assim, ainda custou.
A casa está quase, quase pronta e afinal até tem boas áreas, muita luz e outras qualidades várias.
A multa? Olhem, fodeinde-vos, que vos faça muito proveito.
Agora, vamos ver o que há por detrás das primeiras palmeiras do oásis.

domingo, novembro 14, 2010

volte face

Quando era puto brincava horas seguidas com legos a montar cidades, castelos, naves espaciais e todo o tipo de palermices. Hoje, montei um sofá, uma cama, uma mesa e quatro cadeiras, todos os dias tenho ido ver o catálogo do IKEA e acho que as coisas que monto hoje são bem mais palermas que as de há 25 anos atrás.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Falando de rapaces...

Ontem, gavionas, hoje águias-reais. A materialização de todos os pesadelos para algumas pessoas, um dia de trabalho normal para mim.

domingo, novembro 07, 2010

Ora aí está o que é!

Gaviona (Accipiter nisus) capturada hoje de manhã em Olaias. Obrigado ao PJF pelas fotos!

O Mondego é que é!

Nada melhor para retomar a actividade que um fim de semana com os quatro elementos de ouro: amigos, comida, bebida e pássaros. Um curso de primeiros-socorros a passarinhos levou-me novamente àquele lugar mítico e só acessível a alguns, que é a zona dos paúis do Baixo Mondego.
O curso foi muito interessante blá-blá-blá mas a cereja em cima do bolo foi o jantar de Sábado num sítio do demónio em Coimbra chamado "O Telheiro"... depois de estar praticamente entupido de umas das melhores tiras de picanha que comi na vida, com o colesterol já a chiar pelas artérias, eis que me começam a despejar no prato sobremesas que nunca mais acabavam. Era pudim, era leite-creme, era tarte de requeijão, era um não-acabar de coisas que me deixaram em pré-coma diabético. Eu bem tentava dizer que "Não, não, não quero mais!" mas os três marmanjos que me levaram a jantar só diziam "Sim, sim, ponha-lhe no prato!". Obrigado, PQT e seus pupilos por pensarem nos meus diabetes e hipercolesterolémia futuros. Resultado: depois de sair do restaurante a rebolar rua abaixo, pensava que iria morrer com uma congestão nessa noite.
Mas não, sobrevivi. E ainda bem, porque Domingo, ainda não eram 5h00 e já estava a pé, pronto para voltar a dar ao alicate numa sessão memorável. Porquê? Porque na última e à rasquinha o PQT lá conseguiu a sua 5000ª ave de 2010 e porque deixei lá uma gaviona com uma anilha posta por mim. Só dispensável era a chuva. E o campo minado que é o carvalhal de Olaias.
Regressado a magicar em mais uns quantos projectos, estou a pensar é em mudar-me para aqueles lados. Se calhar, é melhor não... ao fim de um ano ou já tinha morrido com uma lipidose-cirrose hepáticas ou então estava a trabalhar num freak-show como o homem de 300 kg.
Mas sempre merece umas visitas...

Finalmente, o regresso!

Depois de um mês alucinado de trabalho, dois congressos, um curso de vampiros, redacção de trezentos projectos para a Faculdade, começar a (des)orientar estágios, mudança de casa e um ou outro pormenor, a actividade blogueira é retomada.