E, mesmo à distância, consegui honrar o compromisso do desenho de Domingo. Só que como o calor era tanto e como a piscina falava mais alto, ficou uma bela bodega.
Rana iberica
Estórias, desenhos, fotos e outros disparates que acompanham as minhas viagens.
Rana iberica
Depois de um interregno de algumas semanas, esta nossa iniciativa foi retomada. Mas com uma ressaca generalizada, tornou-se difícil fazer alguma coisa de jeito. Sobretudo porque os relvados à sombra na Gulbenkian eram muito mais apelativos. Chegou-se ao seguinte saldo:
Amoras-do-árctico (Rubus chamaemorus). Dizem eles que estas amoras grandes, globosas e laranjas são uma especialidade. Eu achei uma bodega e só mesmo em compotas é que eram comestíveis.
As sessões de anilhagem também permitiram algum trabalho, aqui com pintarroxos (Carduelis flammea)...
Caderneta das espécies novas anilhadas:

Uma breve passagem pelas ruas de Estocolmo (inédito! Eu a visitar uma cidade!).
Um dos locais de trabalho, no delta do rio Are (falta a bolinha em cima do A), com o lago Annsjön lá ao fundo. Bastante horrível, não é? E já disse que tínhamos de ir para lá de barco, a descer o rio, rodeados de mergansos, mobelhas e cisnes?
O outro local de trabalho ficava aqui, no meio de florestas de vidoeiros e árvores de Natal. O rio que vêem, onde andavam Bucephalas clangulas e castores é igualmente o rio Are.
Acham mesmo que atravessei isto??? Mas... devo dizer que dei uns passos na ponte-baloiço-do suicídio. Aqueles lá ao fundo eram colegas meus mas como apareceu um urso no outro lado da ponte, eu tive de cortar as cordas para me safar e poder escrever estas linhas. Eles foram cascata abaixo.
Mas... fiz outras idiotices, como subir até à base desta montanha, a Storsnassen, sozinho, sem mapas, telemóvel e outras coisas lógicas. Infelizmente, começou a chover torrencialmente e tive que regressar sem ver lagópodes ou moleiros-rabilongos. Mas vi renas! (Repararam no pormenor de termos uma montanha com neve, 8º C e chuvas diluvianas em Agosto? É assim o Verão na Suécia...)
Já estoirararam de inveja ou ainda aguentam mais uns posts?
E a saga continua! Desta vez, o destino foi o jardim do Museu do Traje e diga-se de passagem, a merecer muito mais o título de jardim botânico do que o seu homónimo, quer fosse pela organização, pelo aspecto mais cuidado, pelas inúmeras fontes, lagos e cascatas e pela maior diversidade de objectos de desenho. Na verdade, o mais importante foi, como pessoas decentes que somos, não termos pago entrada, darem-nos lanche sob a forma de belas e sumarentas maçãs e haver uma bela esplanada a meio do percurso. Por isso, recebe o título de melhor jardim de Lisboa. Quando dermos a volta a todos os espaços verdes da capital, este vai ser o primeiro a repetir.