sábado, março 07, 2009

The Barcelona connection

Eu até tento ser bonzinho, com o coração cheio de luz e paz, como algumas pessoas mas só me dão material de primeira para estimular a produção toxicológica. Eu, que já faz algum tempo desde a última apreciação gastronómica, podia falar sobre as maravilhas da frigideira de frutos do mar ou das natas do céu do Lagar de Samora Correia ou alongar-me em considerações sobre a dose e meia de arroz de tamboril do Painel de Alcântara que deu para encher 4 pessoas até não caber nem mais um bago de arroz. A propósito, as chamuças estavam óptimas mas foram só para quem chega a horas.
Mas não, depois de o google maps me enviar para outra Rua dos Arcos, num qualquer bairro manhosos e personagens sinistras e depois de assistir a um novo record de atraso - mesmo para gajas que se estiveram a empiriquitar para sair - estava tudo instalado para ficar de trombas. Felizmente para a Pintinhas y sus amigas espanhiolas, só consigo fazer cara de mau por pouco tempo.
Porém, não contentes com isso, dei por mim a acabar a noite na maior decadência que é um sítio chamado Plateau - onde já não punha os pés há mais de quê? 15 anos? - povoado de abutres e hienas à caça. Apesar de ainda estar na dúvida sobre qual o pior dos últimos tempos (Plateau ou Lolipop? Hummm...), a música era perfeitamente escabrosa, assistimos a cenas ininarráveis de tão azeiteiras que eram mas toda a noite foi uma experiência sociológica muito interessante - descobrimos que ainda são usadas deixas de engate como "O meu amigo é tímido e quer-te conhecer" e daí para baixo.
Por isso, se eu consegui esgotar o reportório de caretas de seca, as amigas espanholas devem ter ficado com uma ideia muito gira da noite lisboeta. Esperemos que não haja nenhum incidende diplomático!

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