terça-feira, abril 14, 2009

Dia 3: Corno de Bico e Rio Minho

Nada de transcendente, o Corno de Bico é uma treta, com percursos pedestres sem qualquer tipo de sinalização (deve-se fazer muitas provas de orientação por estes lados) e o transecto em Vilar de Mouros que fiz também não vale um caracól. O dia valeu, sim, pelas personagens. Quer pelo regresso à pizzaria do Michelle, onde as setas continuam óptimas, o tiramisú continua sem palitos la reine, o chefe continua bêbado que nem um cacho e as personagens que compunham a clientela eram do outro mundo.
Do outro mundo também, foi a pensão onde passei a noite. Eu não devia estar aqui a contar estas histórias porque gosto de surpreender os amigos quando sugiro sítios para pernoitarem mas se quiserem um mix casa assombrada-kitsch-david lynch, falem comigo. O clima de assombração naquele sítio era tal que passei a noite a sonhar com percevejos a sugarem-me o sangue, mortos-vivos a correr pelo corredor, cabeças decapitadas a rolarem pelo guarda-fato e cadáveres debaixo da cama. Depois, fiquei com um bocadinho de remorsos de ter querido fugir porta fora porque a família (Adams?) que geria o espaço até era simpática...
Roteiro gastronómico: Sável frito em Monção (não faço publicidade ao sítio porque eram uns cromos de primeira, apesar do peixe ser óptimo)

2 comentários:

Manuel Simões disse...

Para pedante só lhe faltam as penas

Fuzhong! disse...

Assim seria um penante...

O que é? Alguém com opiniões sobre as coisas?